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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

"O amor é cego"

Talvez um dia você acorde com vontade de descarregar o peso da sua mentira e parar de ser covarde. Me contar o que você o que você não foi capaz de falar na hora em que precisei. Mas não tenho paciência para a eternidade. Eu gostaria que você me contasse a verdade. Que pudesse olhar nos meu olhos, e assim, me magoar profundamente. Mas você é covarde. Fazendo assim, do meu coração um órgão machucado e sem vida. Não aquele vermelho, que nós dizemos que é lá onde os sentimentos ficam. Isso fez que eu não quisesse também a sua amizade. Não quisesse nada além da sua invisibilidade. Desculpe-me por qualquer coisa que fiz. Mas creio que o que aconteceu não foi culpa minha. Poderia ter sido diferente. Você poderia ter sido competente. Poderia ter conversado comigo. Poderia ter falado que mudamos a cada dia. Que eu já não era sua, que outra pessoa entrou na sua vida. Eu iria entender, eu iria tentar te perdoar. Mas você não fez isso. Você simplesmente deixou-me criar a história sozinha. Confusa. Mas agora é tarde. Você deveria saber que não sou daquele jeito. Que tento ser uma pessoa melhor a cada dia, pois esse é o melhor caminho. Agora, você não tem meu perdão nem minha confiança, se isso você sequer teria o caráter de se importar. Mas fico feliz que você foi o único a errar. Assim eu não serei consumida pela culpa e achar que eu teria de consertar tudo. Mas eu tentei. Tentei conversar. Tentei entender. Mas você é covarde demais. Eu estava apaixonada demais para enxergar que você sempre foi assim. "O amor é cego".
Lia